Esquenta a disputa para fazer parte da chapa majoritária encabeçada pelo governador Paulo Câmara (PSB) na próxima eleição que agora tem postulantes até do PP. “Temos tamanho partidário e votos, questões que devem ser levadas em conta para se escolher um senador. Estamos aguardando o tempo do Palácio. As discussões devem esquentar a partir de abril”, resume o deputado federal Eduardo da Fonte, um dos líderes do PP em Pernambuco.
O partido tem pelo menos dois nomes que estariam nessa disputa: o próprio Eduardo da Fonte e o deputado estadual Cleiton Collins, respectivamente, os deputados federal e estadual mais votados na eleição de 2014. O primeiro obteve 283.762 votos e o segundo contou com 216.874 votos. O partido também tem uma bancada formada por seis deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). Na última eleição, a de 2016, o PP conseguiu ter os vereadores mais votados do Recife, Michele Collins, e o de Jaboatão, Sandro de Andrade, conhecido como Totô Junto Com o Povo.
Além dos votos dos políticos da legenda, Eduardo da Fonte argumenta que a participação do PP na chapa majoritária de Paulo Câmara traria outro benefício ao grupo: mais tempo na propaganda de TV. “A nossa expectativa é de sermos um dos partidos com mais tempo de TV pela nossa bancada federal composta por 46 parlamentares. Geralmente, o tempo da propaganda da TV é determinada, proporcionalmente, de acordo com o número de deputados federais”, explica.
E qual foi a última vez que o PP teve um senador em Pernambuco ? “Foi Aderbal Jurema”, responde Eduardo da Fonte. Jurema pertencia ao antigo PFL e ocupou o cargo no Senado na década de 80. Uma parte dos políticos que participaram da origem do PP vieram do antigo PDS, Arena e PFL, além do Partido Democrático Cristão (PDC), todos extintos. O partido atua como PP desde 2003. O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, foi contactado, mas não atendeu à reportagem do JC.