Diante do relato do relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de que ele sua família estariam sendo ameaçados, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quarta-feira 28) em entrevista à Rádio Band News que uma ameaça a um ministro do STF "não pode acontecer".
Temer citou o fato ao ser questionado sobre a expectativa em torno do julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula no STF, marcado para a próxima quarta-feira (4).
“Veja que isso alcança até o Supremo Tribunal Federal, o próprio Supremo e os membros do Supremo ficam aflitos com isso. Você viu que um deles até, ou alguns deles me parece, disseram que estavam sendo ameaçados. Isso não pode acontecer no país”, afirmou. Ele salientou, ainda, que o governo federal está tomando providências "para que não haja conflito" durante o julgamento.
Fachin pediu providências à presidente do STF, Cármen Lúcia e a Polícia Federal, para investigar as ameaças. A Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal (STF) informou, por meio de nota, na noite desta terça-feira (27), que autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente do ministro Edson Fachin.
A presidência ainda solicitou à Polícia Federal que duas delegadas especializadas em segurança sejam deslocadas para Curitiba. A medida busca verificar quais as melhores e mais eficazes providências deveriam ser tomadas para casos de magistrados ameaçados no País.
Também foi encaminhado um ofício indagando a todos os ministros do STF sobre a necessidade de alteração ou aumento do número de agentes de segurança "para, se for o caso, a tomada das providências cabíveis". Até a conclusão desta matéria, nenhum ministro havia feito esta solicitação, de acordo com a assessoria do Supremo.