Frente das Oposições expõe primeiros ruídos

'Não sabia que se definia chapa pelos jornais', disparou Armando Monteiro, por meio de nota
Da editoria de Política
Publicado em 12/07/2018 às 9:58
'Não sabia que se definia chapa pelos jornais', disparou Armando Monteiro, por meio de nota Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Com discursos de unidade até então alinhados, membros do grupo Pernambuco Vai Mudar expõem os primeiros ruídos internos da frente. Após membros da cúpula estadual do PSDB afirmarem que é da sigla a preferência para indicação do nome que ocupará a segunda vaga ao Senado na chapa do coletivo e das especulações de que o PSC escolheria o vice, o senador Armando Monteiro (PTB), que encabeça a majoritária, chamou para si a responsabilidade de comandar a articulação.

“Não sabia que se definia chapa pelos jornais. Como candidato a governador, com a delegação que recebi do conjunto desde a consolidação da formação da frente Pernambuco Vai Mudar, sou eu que coordeno o processo”, disparou, através de nota.
Em entrevista ao JC, Armando reiterou o que disse no texto, acrescentando que as decisões na Frente das Oposições não são tomadas por “fulano ou sicrano”. “Estamos construindo esse projeto consensualmente, em conjunto. A delegação foi dada a mim, não para impor, mas para coordenar esse processo”, enfatizou o petebista.

Apenas dois dias depois de o secretário-geral do PSDB, o deputado federal Betinho Gomes, afirmar que o partido é o maior da oposição e que, portanto, decidirá quem será o escolhido para ocupar o posto remanescente ao Senado na chapa de Armando, o presidente da sigla, Bruno Araújo, disse que “toda e qualquer decisão sobre essa composição será tomada, como tem sido, no ambiente interno da aliança e no momento adequado”.

Sobre o tema, o presidente do PSC em Pernambuco, deputado estadual André Ferreira, que pretendia concorrer ao Senado, admitiu nesta semana que pode abrir mão do desejo. O parlamentar, contudo, demonstra interesse em indicar seu cunhado, o vereador Fred Ferreira, para a vice.

"NÃO HÁ CONFLITO", DEFENDE DANIEL

Na visão do deputado federal Daniel Coelho (PPS), os fatos não devem ser vistos como desentendimentos internos. “Não há nenhum conflito que crie qualquer tipo de briga por espaço. O PSDB e o PSC são extremamente relevantes na aliança e, se estiverem ambos na majoritária, vão somar e contar com o apoio do restante do grupo”, avaliou.

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