O apoio de João Campos (PSB) ao candidato a presidente Fernando Haddad (PT) não foi bem encarado por alguns de seus seguidores. Após publicação no Facebook, nessa quinta-feira (25), defendendo o voto no petista, alguns usuários criticaram a publicação. Outros foram além e voltaram à tese de que o PT foi o responsável pela morte do pai de João, o ex-governador Eduardo Campos (PSB) em 2014. "Engraçado viu, usufruindo com alegria do lado do Partido que tirou a Vida do Próprio Pai dele", era um dos comentários.
À reportagem, na manhã deste sexta-feira (26), João disse que numa democracia cada um pode achar o 'que quiser', mas defende o relatório da Polícia Federal sobre a morte do pai, que excluiu hipótese de sabotagem. "Sempre tive posição clara em apoio a Haddad, sempre defendi a candidatura dele. A gente vive numa democracia onde as pessoas podem achar o que quiserem. A PF terminou a investigação, o inquérito que a gente sempre aguardou e descartou a possibilidade de qualquer tipo de sabotagem então prefiro ficar com a confiança do bom trabalho que a Polícia Federal fez", disse.
João Campos foi eleito o deputado federal mais votado em Pernambuco no último dia 7, com 460 mil votos. Em sua publicação, ele afirma que, caso eleito, Haddad poderá contar com o apoio socialista. "Haddad contará comigo no Congresso Nacional para enfrentar esses desafios. Espero que vocês também possam me ajudar nessa. Vamos com Haddad. Minha gente, eu sou jovem, mas não me dou o direito de desconhecer a nossa história. Sei de onde vim e sei onde isso pode parar! O meu voto é pela democracia!", escreveu.
Em agosto passado, a Polícia Federal (PF) apresentou a conclusão do inquérito do acidente aéreo que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, em agosto de 2014. Na época João disse foram apresentadas quatro hipóteses para explicar o que pode ter ocorrido no momento do acidente. "O delegado fala em possível colisão ou desvio de um objeto, desorientação espacial dos pilotos e de falha mecânica no compensador ou no profundor, peças que ficam na cauda do avião. Dessas hipóteses, não há nenhuma prevalecente, ou seja, pode ter sido somente uma ou uma combinação de várias", afirma.
Ainda de acordo com o filho do ex-governador, o delegado descarta a hipótese de sabotagem na aeronave. "Cabe agora a cada família olhar os autos do inquérito e, com muita serenidade, entender o que pode ser feito para evitar que outros acidentes como esse aconteçam", diz.