De máscara e toga, grupo protesta contra aumento do STF no Marco Zero

Militantes do Vem Pra Rua e do Partido Novo realizaram ato contra o aumento do salário dos ministros do STF no Marco Zero
Da editoria de Política
Publicado em 18/11/2018 às 17:25
Militantes do Vem Pra Rua e do Partido Novo realizaram ato contra o aumento do salário dos ministros do STF no Marco Zero Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Vestidos com togas de "sinistros do STF" e usando máscaras em referência aos integrantes da Suprema Corte, militantes do Vem Pra Rua e do Partido Novo realizaram um ato no Marco Zero, no Bairro do Recife, contra o aumento nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde deste domingo (18). O grupo também levou bandeiras do Brasil e faixas pedindo que o presidente Michel Temer (MDB) vete o reajuste aprovado pelo Congresso.

"É um ato para protestar contra o aumento dos soldos do STF. Os deputados combinaram com eles esse aumento de soldo que vai de R$ 33 mil para R$ 39 mil. Ou seja, um aumento de 16%. Nós entendemos que nesse momento de crise pelo qual o Brasil está passando, com 16 milhões de desempregados e que os estados estão com suas finanças comprometidas, esse tipo de aumento é absurdo. É uma bofetada na cara da população", afirmou Augusto Jatobá, filiado ao Partido Novo.

Concentrados no Marco Zero, o grupo fez discursos contra os salários do Judiciário e contra aumentos de impostos. Em paralelo, os militantes abordavam populares que paravam para ver a manifestação. Dois monarquistas que não participaram da organização do ato levaram bandeiras da Casa Real.

Veto de Temer

Questionados sobre como reverter a medida já aprovada pelo Congresso, os militantes disseram que é possível revertes o impacto financeiro da medida através de um veto do presidente Michel Temer.

"Esse protesto tem o objetivo de pedir a Temer que vete o aumento do STF. Esse aumento vai criar, por escalonamento, um rombo nas contas públicas de R$ 6 bilhões. Se a gente está em um momento de contenção e de crise, por que resolveram dar esse aumento? Isso é inconcebível, o país está em crise. Nós não estamos em condições de dar aumento a ninguém. A classe trabalhadora está com os salários defasados", explicou Marconi Ferraz, coordenador do Vem Pra Rua no Recife.

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