O presidente Jair Bolsonaro (PSL) inaugurou a primeira etapa da usina de geração flutuante no lago de Sobradinho na Bahia no final da manhã desta segunda-feira. “Somos um só patria, um só povo e uma só gente”, disse o presidente no começo do seu discurso. É o maior projeto do Brasil com a instalação de placas fotovoltaicas num lago de uma hidrelétrica. O projeto já recebeu investimentos da ordem de R$ 56 milhões e está sendo feito pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) utilizando os recursos que a empresa tem obrigação de gastar em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I).
É a segunda vez em menos de um mês que Bolsonaro visita a Bahia. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), não compareceu ao evento. Bolsonaro acionou o botão que deu início a geração de energia do projeto. No seu Twitter, o presidente anunciou que a experiência de Sobradinho poderia ser usada no projeto da Transposição de águas do Rio São Francisco, que tem como maior despesa a conta de energia elétrica em torno de R$ 250 milhões por ano.
O presidente afirmou que o projeto da transposição que os canais de irrigação vão levar a água para Paraíba, dando a entender que lá também ocorrerá a implantação de projetos de fruticultura irrigada com a água do São Francisco. “Essas frutas são mais saborosas do que em qualquer outro lugar do mundo”, disse. E citou que novos acordos comerciais a serem fechados poderão resultar em novos mercados para as frutas brasileiras.
Também participaram do evento o ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima; o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto; o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior; o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e o seu filho, o deputado federalFernando Filho (DEM).
Ainda no evento, o presidente disse que fará uma visita a Paraíba, mas não disse quando. No último dia 19 de julho, o presidente disse, no final de uma entrevista que “daqueles governadores de paraíba, o pior é o do Maranhão (Flávio Dino, do Maranhão). Tem que ter nada com esse cara”. Um dia depois do ocorrido, Bolsonaro afirmou que estava se referindo apenas aos governadores da Paraíba e do Maranhão que são “intragáveis”. Paraíba é uma maneira pejorativa de chamar os nordestinos no Rio de Janeiro.