Priscila Krause defende nome de Mendonça Filho para a disputa na Prefeitura do Recife

Principal meta do bloco da oposição é lançar uma chapa capaz de frear os planos do PSB para a sucessão do prefeito do Recife, Geraldo Julio
Mirella Araújo
Publicado em 12/09/2019 às 7:30
Priscila Krause, deputada estadual Foto: Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem


O bloco de oposição em Pernambuco tem como próximo passo discutir estratégias para definição de uma agenda programática focada nas eleições municipais de 2020, antes de formalizar nomes para a disputa. A principal meta é lançar uma chapa capaz de frear os planos do PSB para a sucessão do prefeito do Recife, Geraldo Julio.

O principal nome dos socialistas para a disputa na capital é o deputado federal João Campos, filho do ex-governador do Estado Eduardo Campos. Em entrevista ao programa Resenha Política, da TV JC, nesta quarta-feira (11), a deputada estadual Priscila Krause (DEM) criticou a forma como o PSB vem trabalhando a imagem do parlamentar. "O maior projeto do governo do Estado e da gestão Geraldo Julio é fazer o sucessor em 2020 e o que está posto é João Campos. Agora, ele terá que explicar uma gestão que não consegue entregar, por exemplo, uma obra licitada como o Geraldão, e a reforma do Teatro do Parque", criticou.

Priscila defendeu o nome do ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), como um nome forte para representar o bloco na disputa do Recife. “Nós vamos chegar em um momento de organização, que vamos precisar acelerar um pouco o diálogo e a definição de nomes. E temos nomes de peso, como o do ministro Mendonça Filho – que foi o senador mais votado no Recife [267.936 VOTOS]–, tendo um desempenho brilhante, que transbordou para a Região Metropolitana”, afirmou.

A democrata, que já disputou a Prefeitura do Recife em 2016, obtendo 47.399 votos, também citou outros possíveis prefeituráveis, como os deputados federais Daniel Coelho (Cidadania) e Silvio Costa Filho (Republicanos). Entretanto, a parlamentar ressalta que o que irá prevalecer é a convergência em torno de uma unidade. “O Recife deverá fazer jus a uma tradição democrática que é reconhecer a importância da alternância de poder. Por isso, tenho o sentimento de que os recifenses vão eleger um candidato que virá das forças de oposição”, declarou.

Principal nome do bloco, o ex-senador Armando Monteiro Neto (PTB) avaliou também ser importante prestar atenção na formação de chapas em outras cidades. “Nós também queremos olhar como se dará a disputa em outras cidades polos, que são estratégicos para a composição de uma aliança política”, declarou.

Na disputa de 2018, Monteiro Neto foi o candidato do bloco ao governo do Estado. Perdeu para Paulo Câmara (PSB) ainda no primeiro turno. No Resenha Política, Priscila Krause reforçou que o grupo se mantém unido e em constante diálogo.

Para Silvio Costa Filho, o momento é de discutir uma agenda que possa ajudar a retomada do desenvolvimento não só do Estado, mas da Capital também. “Nós do PRB vamos dialogar com todos os partidos sem preconceito. Antes de nomes, o que a oposição tem que construir é uma agenda programática”, declarou.

Além do DEM, Republicanos e Cidadania, o bloco de oposição à Frente Popular reúne PSDB e PSC, além do prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

PSL

Na avaliação de Priscila Krause, a aliança com o PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro – precisa ser levada em consideração, mesmo reconhecendo que a sigla tenha dificuldades em todo o Nordeste. Além disso, pontuou Priscila, é necessário que a legenda não se atenha apenas a um discurso nacionalizado, mas que aborde as questões de cada cidade.

"O presidente precisa ajudar o seu próprio campo e as pessoas que podem vir a dar sustentação a ele na costura de algumas coisas", declarou.

O PSL saltou de 18.798 filiados, em Pernambuco, para 22.001 membros, após a campanha nacional de filiação realizada no dia 17 de agosto.

Em recentes entrevistas à imprensa, o presidente nacional da sigla, deputado federal Luciano Bivar (PE), afirmou que há um planejamento de aumentar em cerca de 500% o número de prefeitos no Estado. Atualmente, o PSL só comanda a Prefeitura de Araripina, no Sertão do Araripe, com Raimundo Pimentel.

Nesta quarta-feira (11), Bivar foi procurado, mas devido a um compromisso na embaixada da China, não pode atender o JC.

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