Para Daniel Coelho, Recife não aceita um segundo turno de dois primos, João Campos e Marília Arraes

'O medo deles é saber que se perderem essa eleição municipal pode acabar o projeto como um todo no Estado', disse Daniel Coelho
Luisa Farias
Publicado em 31/01/2020 às 13:25
O deputado Daniel Coelho defende uma discussão sobre o investimento público mas sem mexer nos limites ao custeio da máquina pública Foto: Foto: Leo Motta/JC Imagem


O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) defendeu, durante debate na Rádio Jornal nesta sexta-feira (31), a unidade do grupo de oposição nas eleições municipais do Recife, sem uma personificação em torno dos candidatos que se apresentam, para combater o que ele chamou de "dinastia do PSB". Ele também associou o PT a esse grupo, assim como a deputada federal Marília Arraes (PT), que busca se consolidar como candidata na capital pernambucana

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"A gente busca unidade para ter um candidato que vá ao segundo turno e vença. A vitória não é pessoal, não é de Daniel, não é de Mendonça, tem que ser a vitória do Recife que quer mudar, do Recife que não aceita uma dinastia do PSB, uma dinastia familiar, um segundo turno de dois primos", disse. 

Questionado se Marília Arraes estaria inserida nessa dinastia, ele ressaltou a origem familiar da deputada, que é neta do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. "O nome dela é Arraes né? Ela veio de lá e sempre esteve lá. É PT e PSB, governam juntos. O PT tem secretarias no governo atual, é uma coisa só. Não consigo ver diferença", disse Daniel.

O PT ocupa atualmente o Instituto Agronômico de Pernambuco, com Odacy Amorim (PT), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário, com Dilson Peixoto (PT), e a Secretaria de Saneamento do Recife, com Osmar Ricardo. 

Daniel também relembrou as alianças e rompimentos entre PT e PSB nas recentes eleições municipais. "Eventualmente eles se dividem, como se dividiram na última eleição, a gente lembra que teve um segundo turno de João Paulo e Geraldo Julio. Independente de quem ganhasse o resultado final era o mesmo. No outro dia o próprio João Paulo já estava fazendo parte da gestão. Não podemos ver esse ambiente repetido, é preciso alguém de oposição de verdade, forças unidas", disse Daniel. 

Oposição

Daniel defendeu o foco em um candidato de oposição para estar no segundo turno. "Ninguém é super-homem e vai ganhar essa eleição sozinho. Vamos enfrentar uma máquina que é poderosa, sabemos que o pessoal do PSB não tem limites no gasto de eleição. E se não juntarmos forças e fazer a construção de um palanque coletivo não vamos estar no segundo turno, nem vencer a eleição", disse o deputado.

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Ele elencou os nomes oposicionistas que poderiam disputar, como André Ferreira (PSC), Sílvio Costa Filho (PRB), Armando Monteiro (PTB) e Bruno Araújo (PSDB). "Todos que quiserem construir esse palanque tem de estar juntos. Posso disputar, tenho energia para disputar? Posso, se for a melhor alternativa, se o melhor for Mendonça a gente vai apoiar, não teria nenhum problema", completou. 

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