O ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio visitou o Recife para o que chamou de "visita técnica". Limitou-se a dizer que o Recife está "bem estruturado" para o carnaval. A visita, segundo ele, foi um pedido de Jair Bolsonaro, que quer "dar toda a assistência ao Nordeste no período". O problema é que nada foi anunciado realmente para o carnaval e o ministro, que ainda embarcaria depois para Salvador, limitou-se a dar uma olhada nas ruas do Recife. Uma olhada que deve ter sido "técnica", seja lá o que isso for.
Questionado, por exemplo, se o Governo Federal está investindo na festa pernambucana, admitiu que não. Lembrou apenas que há uma verba de R$ 413 mil para a reforma do Paço do Frevo, uma parceria com o Sebrae, na verdade. Perguntado se iria encontrar com o governador Paulo Câmara (PSB) ou com o prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB) para discutir alguma parceria pro carnaval, respondeu que não. Explicou que a agenda incluiria visita à sinagoga Kahal Zur Israel e uma reunião na Sudene.
Na entrevista que concedeu à Rádio Jornal, no Passando a Limpo, chamou atenção o momento em que o comunicador Geraldo Freire fez um apelo para que o ministro tivesse uma atenção maior com o Parque Aza Branca, em Exú. O ministro parecia não saber do que se tratava. Geraldo Freire complementou: "de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião". O ministro finalmente reconheceu e imediatamente afirmou que iria "passar para a equipe do cerimonial já colocar na agenda".
Não ficou claro se o ministro pretendia ir ainda hoje para o Sertão do Estado, mas alguém deve ter lhe explicado depois que Exú é um município que fica a 616 km de distância do Recife. No futuro, talvez.