QUEENSTOWN (Nova Zelândia) - Queenstown reúne duas características que poderiam parecer incompatíveis em qualquer outro lugar do mundo: romantismo e a prática de esportes radicais. A pequena cidade de 10 mil habitantes no sul da Nova Zelândia, lá no outro canto do globo, pelas bandas da Oceania, é o destino ideal para casais trocarem juras de amor e esportistas liberarem adrenalina.
Logo quando cheguei à cidade, meu namorado e eu ficamos boquiabertos com a paisagem recortada por montanhas nevadas e quietos lagos azulados. Ao contrário do que o calmo cenário indica, a cidade resort também chamada de Capital Mundial da Aventura, borbulha com as atividades radicais.
Não faltam visitantes estusiasmados para praticar rafting, bungy jumping e canyon swing – atividade na qual o visitante fica amarrado a uma corda e suspenso em um penhasco fazendo os mais improváveis movimentos. Ainda é possível se inscrever em atividades de paragliding, mountain biking e skateboarding.
Não somos muito de esportes, muito menos radicais. Como a nossa pedida é espiar as trapalhadas dos mais valentes, foi preciso muita conversa para fazer meu companheiro de viagem entrar no clima da cidade e nos inscrever em um passeio de jet boating.
Começou bem relaxante, com percursos em alta velocidade pelas margens do Lago Wakatipu. Como o barco tem uma espécie de motor que funciona com jatos d’água, dava pra passar bem perto da margem com o jetboat quase na areia.
Ao longo do trajeto, as curvas ficaram mais sinuosas e o piloto acelerava para fazer movimentos de 180 e 360 graus. Depois do quinto cavalo de pau, agradecemos a ideia salvadora de tomar Dramin antes da aventura. Chegamos com a aparência meio verde ao píer, pensando que se esse era o percurso leve, imagine o radical, que passava raspando por entre paredes rochosas.
Em Queenstown, basta ter coragem e cartão de crédito com bastante limite disponível, já que essas brincadeirinhas não saem nada baratas. Para se ter uma ideia de preço, acesse aqui o site oficial da região.
No inverno, turistas de todo o mundo visitam a cidade para esquiar nas quatro montanhas Cardrona Alpine, Coronet Peak, The Remarkables and Treble Cone. Uma boa saída para os brasileiros que não têm muitas experiência de esqui e snowboard é optar pela segurança do snowmobile, como fizemos. São várias as agências de viagem que oferecem passeios que duram em torno de três horas, custando cerca de 700 dólares neozelandeses (R$ 1.164).
O transporte para o topo das montanhas nevadas é realizado através de helicópteros e no percurso de ida e de volta é possível dar uma espiadela nos locais que foram cenário do filme Senhor dos Anéis e X-Men Origins: Wolverine. Lá em cima, a própria agência fornece os agasalhos necessários e capacete para proteção. No mobile, a velocidade chega até a 60 km/h.
Na volta do passeio, nada melhor do que visitar o pequeno centro de Queenstown e se deliciar em um dos vários bares e restaurantes com vista para o Lago Wakatipu. Se o dia permitir, ainda é possível conferir alguns corajosos praticando atividades radicais, inclusive o paraflight, no qual uma lancha leva com uma corda os passageiros suspensos em um paraquedas. Dá para escolher entre percursos cênicos ou radicais, que permitem tocar levemente na água do lago.
Seja liberando adrenalina, praticando esportes de aventura ou tomando um vinho no Centro da cidade, Queenstown é uma cidade para relaxar e apreciar a paisagem.
Leia mais sobre a Nova Zelândia no caderno de Turismo desta quinta-feira.