Deep web: sob a benção do anonimato

Por serem criptografados, endereços da rede invisível não podem ser rastreados ou acessados por browsers como o Chrome
Bárbara Buril
Publicado em 05/06/2013 às 11:01
Por serem criptografados, endereços da rede invisível não podem ser rastreados ou acessados por browsers como o Chrome Foto: Para o consultor em TI Rômulo Cholewa, o espaço promove liberdade de comunicação


Se você escrever em qualquer navegador o endereço sx3jvhfgzhw44p3x.onion, provavelmente receberá a clássica mensagem de site não encontrado. Os endereços da deep web são criptografados. Não podem ser acessados por browsers como Mozilla, Google Chrome e Internet Explorer. Já no navegador Tor, as portas dessa rede invisível se abrem. Nele, o link citado acima levará você – acredite! – para a página original do Wikileaks. 

Se em 2001, já havia mais de 200 mil sites criptografados, segundo a pesquisa Papel em branco: a deep web: navegando por conteúdos escondidos, imagine a dimensão da rede invisível nos dias de hoje. O estudo foi publicado na revista The Journal of Electronic Publishing da Universidade de Michigan.

O autor, Michael Bergman, é fundador da empresa de soluções para deep web Bright Planet. De acordo com o especialista, as informações disponíveis na rede invisível são de 400 a 550 vezes maior que a encontrada na World Wide Web (www). Pesquisa recente da mesma empresa indica que esse dado permanece atual.

UNIVERSO .ONION

Grande parte desses conteúdos não indexados refere-se a dados de contas bancárias, e-mails, fóruns privados e perfis em redes sociais. Mas há ainda uma outra parte de endereços com domínio .onion, que só são acessados pelo navegador Tor.

Ao contrário dos conteúdos que compõem a maior parte da web invisível, os que foram pensados para o Tor não podem ser rastreados. Seus autores e leitores não podem ser identificados. Em suma: tudo é feito no mais absoluto anonimato. Por causa disso, na deep web, o que é bom é muito bom, mas o que é ruim é muito ruim.

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