Você já deve ter encontrado no trânsito carros usando placas diferentes das tradicionais, de fundo na cor cinza e letras pretas. Veículos de transporte de passageiros e de carga – a exemplo dos táxis, ônibus e caminhões – utilizam placa vermelha. E a verde? E as pretas com letras cinza? Todas têm um significado e servem para identificar uma categoria de veículo. As cores diferentes também indicam o usuário daquele determinado meio de transporte. É o caso de carros de organismos internacionais, como consulados e embaixadas. Essas trafegam com automóveis de placa azul. Já veículos de auto-escola, de placa branca, indicam que o motorista está em treinamento.
Hoje no Brasil estão autorizadas para circulação nove tipos de placas. Incluindo as placas de carros de serviço dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Essas são de bronze, na cor preta com letras douradas. Em algumas situações especiais, o Código de Trânsito Brasileiro prevê a utilização de “placas especiais” ou as popularmente chamadas, “placas frias”, por veículos do poder judiciário, Ministério Público e polícias, quando em trabalho de investigação criminal e devidamente comunicado a autoridades de trânsito.
A presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simiramis Queiroz, afirma, no entanto, que a placa serve apenas de identificação e não prevê privilégios por parte de autoridades. “Somente as viaturas policiais e de resgate, como bombeiros e ambulâncias, podem avançar sinais fechados ou circular em áreas isoladas a outros veículos, mas ainda assim apenas em caso de urgência”, ressalta a especialista em trânsito.
Algumas placas têm restrição de uso. A verde, por exemplo, só pode ser utilizada por fabricante ou oficina autorizada e identifica carros em situação de teste. Já a preta só pode ser usada em veículos com 30 anos ou mais de fabricação e que estejam em perfeito estado e com índice de originalidade de no mínimo 80% atestado por um clube de veículos antigos.E a lei não perdoa. Aquela situação do carro sem placa porque a identificação se desprendeu do suporte ao passar por um alagamento não é desculpa. Rodar sem a placa rende R$ 191,54 de multa, além de sete pontos na habilitação.