PRESENÇA Ativistas compareceram para acompanhar votação dos vereadores. Foto: Mariana Mesquita/ Especial para o JC
*-Com informações da repórter Mariana Mesquita
A simples inclusão no calendário oficial de eventos do Recife da Parada da Diversidade de Dois Unidos provocou polêmica na Câmara de Vereadores. É importante enfatizar, o "simples"diz respeito a um trâmite que não exige complexidade, envolve um evento que já existe há 7 anos, nunca demandou recursos públicos para a sua realização e que reafirma uma luta cidadã. E ainda assim virou um cavalo de batalha na Câmara do Recife.
O vereador Osmar Ricardo (PT) propôs ainda em 2013 incluir a Parada da Diversidade de Dois Unidos, organizada pelo Grupo de Cidadania Homossexual de Pernambuco (GCHP), no calendário do Recife, sempre no último domingo de setembro. Mas o projeto nº 196/2013 só chegou a votação em plenário na última semana.
O presidente do GCHP, Ricardo dos Santos, enfatiza que a parada nasceu contra o elevado número de agressões e até mortes de cidadãos LGBT na localidade.
O que era para ser uma formalidade tranquila terminou levando a semana passada inteira sem uma conclusão sequer. O projeto terminou indo a votação nominal nesta segunda (dia 1º) a pedido do vereador Carlos Gueiros (PTB), que na última hora sequer votou.
Como resultado, o placar foi de 19 votos a favor e três contrários, de evangélicos: da vereadora Michelle Colins (PP), do vereador Alfredo Santana (PRB) e do vereador Luiz Eustáquio (PT) - que já havia sido repreendido pelo Partido dos Trabalhadores por sua posição antagônica com relação à pauta LGBT.
O projeto ainda precisa ir a uma segunda votação, que normalmente é apenas uma formalidade. Pelo histórico do tema na Câmara, contudo, é preciso acompanhar para ver o resultado.
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