Sabe-se que o Governo do Estado já conversou com os outros poderes e avisou que os repasses para o mês de maio devem ficar cerca de 8% mais baixos do que o normal.
Mas, espera-se que esses cortes no dinheiro utilizado para manter a estrutura e pagar salários de servidores do Legislativo e do Judiciário, podem ser ainda maiores.
Há previsões de que a queda na receita do Estado pode chegar a 30%. Em todo o Brasil existe um esforço para garantir que a economia não quebre e muitos têm se esforçado para dar exemplo, cortando até os próprios salários. Resolver, não resolve, mas incentiva novas práticas e reforça a resistência dos mais pobres em um momento tão difícil.
Por isso, causa tristeza ver que, ignorando o momento tão delicado, ainda há classes, representadas por associações ou sindicatos, lutando para garantir um contracheque bem acrescido de valores referentes a benefícios como “conversão de férias”, “abonos”, “auxílio alimentação” e até “adiantamento de décimo terceiro salário”, algo que tantos não vão receber ou por não estarem empregados no fim do ano ou porque as empresas e órgãos públicos não terão dinheiro pra pagar quando chegar a hora.
Muitos desses que desejam raspar dos cofres tudo o que for possível e estiver ao alcance de seus direitos são responsáveis por fazer ou manter a Lei e se apoiam na Lei para manter os próprios benefícios.
Nada disso é ilegal.
Só é feio mesmo. Muito feio.