Túlio Gadêlha tentou virar Marília Arraes de 2018 e tudo o que conseguiu foi um convite para apoiá-la

A busca por identificação com uma Marília Arraes de 2018 foi tão grande que, após tudo dar errado, foi convidado por Marília Arraes para apoiar ela na eleição de novembro. Deputado acumulou derrotas como dirigente partidário
Igor Maciel
Publicado em 14/09/2020 às 11:12
Túlio Gadêlha recebeu a solidariedade de Marília, foi a única vitória Foto: Reprodução | Facebook


O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) deu um bom exemplo de como acumular derrotas em sequência.

Primeiro insistiu numa candidatura própria que não fazia sentido dentro do movimento de aliança nacional envolvendo PSB e PDT. Mas, ele não insistiu uma vez, somente. Ele marcou ao menos três entrevistas coletivas para anunciar que seria o candidato a prefeito do PDT e que estava tudo conversado com a presidência nacional do partido.

A terceira tentativa, inclusive, foi frustrada pelo PDT nacional que mandou desmarcar.

Apoiadores do deputado, nos bastidores, encheram as caixas de mensagem dos jornalistas afirmando que "estava tudo certo e o PDT ia lançar Túlio, com apoio da Rede". 

O próprio Túlio sabia que não seria candidato, desde o início. Lupi havia acertado o apoio ao PSB no fim de agosto, com a indicação da vice, que sempre variou entre Isabella de Roldão (PDT) e Adriana Rocha (PDT), com vantagem para a primeira.

A pressão nos bastidores tinha o interesse de criar um "injustiçado", rifado da disputa, porque ameaçava alguma coisa. Algo próximo de uma Marília Arraes (PT) em 2018.

Quando percebeu que o movimento não estava surtindo efeito, resolveu dobrar a aposta e indicou um vice para a chapa do PSB, sabendo que o nome indicado não seria aceito e, mais uma vez, poderia aparecer como alguém que "tentou dar a mão e foi recusado".

A reação do PDT nacional, dessa vez, foi imediata. O PSB cansou do jogo e disse a Lupi que tomasse uma atitude, ou não haveria aliança nacional.

Lupi atendeu, agradeceu educadamente a Túlio, recusou a sugestão dele e oficializou Isabella de Roldão, adversária de Túlio dentro do partido, como vice de Campos.

A busca por identificação com uma Marília Arraes de 2018 foi tão grande que, após tudo dar errado, foi convidado por Marília Arraes para apoiar ela na eleição de novembro.

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