Ausência de João Campos em primeiro debate passa impressão errada sobre o candidato, questionado por experiência

Para mostrar que está preparado, candidato deveria aproveitar cada oportunidade para falar e ser ouvido, principalmente em ambientes não controlados. Campanha diz que ele tem outro compromisso
Igor Maciel
Publicado em 24/09/2020 às 9:54
No roteiro do PSB, Geraldo começaria a ser trabalhado para o governo em janeiro. Ele não vai. Foto: ANDRÉA RÊGO BARROS/DIVULGAÇÃO


Uma das missões da campanha de João Campos (PSB) é mostrar que, apesar da falta de experiência, ele tem condições para comandar a capital do Estado. Quebrar a impressão de que ele é jovem demais é extremamente importante para a estratégia socialista.

Mas, os primeiros sinais são de dificuldade quanto a isso. 

Recentemente, foi o uso de aliados para responder críticas, levando Mendonça Filho (DEM), que havia reclamado do desemprego no Recife, a afirmar que "gostaria de debater o Recife com João Campos e não com um dos seus tutores".

Em seguida, o anúncio de que ele já não vai participar do primeiro debate da eleição, marcado para a próxima segunda-feira (28), na UFPE, deixa a impressão errada sobre "estar pronto para tudo". O debate já tem confirmações de Charbel (Novo), Mendonça Filho (DEM), Patrícia Domingos (Podemos), Marília Arraes (PT), Alberto Feitosa (PSC) e Thiago Santos (UP).

A equipe alegou que João terá outro compromisso no mesmo horário, mas não detalhou qual seria esse outro compromisso. Em condições normais, essas decisões, sobre escalar aliados para responder ou faltar em determinados debates, não teriam tanta importância e passariam como tática de preservação de imagem.

Mas, para João, que precisa mostrar experiência, segurança e parecer preparado, essa não é uma eleição normal.

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