A UFPE parece ter propagado como um grande evento institucional algo que, em estrutura, tratava-se apenas de uma aula do curso de Administração, ampliada com a participação de candidatos à Prefeitura do Recife.
Entre problemas com áudio, vídeo, logística e concepção, porém, o debate da UFPE, que gerou expectativa por ser o primeiro desta campanha eleitoral acabou dando um indicativo de que é possível fazer com que os candidatos debatam propostas, ao invés de apenas nacionalizarem os discursos ou brigarem sobre quem é de direita e quem é de esquerda.
Foi possível ouvir sobre saneamento, sobre transporte público, segurança e habitação.
Houve críticas à gestão do PSB e defesa, pelo candidato socialista.
Mesmo candidatos que prometiam briga durante a semana foram capazes de apresentar propostas de forma organizada e sensata, dentro de suas próprias linhas ideológicas, com exceções irrelevantes.
O nível talvez tenha sido reflexo do respeito que os candidatos tiveram com a instituição, uma das universidades mais importantes do País, que poderia ter entregue melhores condições técnicas e investido melhor na execução do evento, até em consideração aos professores e alunos que, visivelmente, estavam empenhados em entregar um bom resultado, não apenas à comunidade acadêmica, mas aos eleitores do Recife.