O maior trunfo de Mendonça Filho (DEM) na eleição do Recife, aliado à experiência que ele não deixa de exaltar, é a presença de Priscila Krause (DEM) na chapa e a promessa de que ela será partícipe de uma eventual gestão.
O primeiro programa do DEM em TV e rádio, ontem, deixou isso claro, para quem ainda tinha dúvida.
Em alguns momentos, o tom chega a soar como desafio para que os outros exponham seus vices e façam o mesmo.
Não é tão simples, porque as outras construções de chapa foram feitas com acordos partidários.
Algumas, como a de Isabella de Roldão (PDT) ocupando a vice de João Campos (PSB), aconteceram provocando atritos e deixando marcas por todos os lados.
Isabella poderia ser utilizada como trunfo pela campanha de João, da mesma forma, mas isso complicaria a atenção que a equipe do socialista acredita que precisa estar nele o tempo todo.
Priscila não altera o equilíbrio de poder da chapa do DEM.
Isabella poderia acabar afastando os holofotes de Campos, que está em sua primeira campanha majoritária e passa por um processo de formação de imagem, tentando aparecer como alguém que é mais do que o filho de Eduardo Campos e pode, apesar da pouca idade, governar a capital do Estado.
Como a imagem de Mendonça já está formada e o nível de conhecimento sobre ele é alto, Priscila só agrega. E isso, acreditam os marqueteiros, pode se tornar o grande diferencial dessa eleição.
Desde que o eleitor concorde na urna, claro.