Possível disputa entre Marília Arraes e João Campos no 2º turno empolga menos o eleitor

Os primos podem até ir pro 2º turno, mas o eleitor dá mostras de que não vê muito tempero nessa possibilidade
Igor Maciel
Publicado em 13/11/2020 às 6:30
Deputados federais, candidatos à prefeitura... e primos Foto: Fotos: Arquivo/JC Imagem


As simulações dos cenários de segundo turno na pesquisa Datafolha divulgada quarta-feira (11) chamam atenção quando são comparados os resultados de Mendonça Filho (DEM) e Marília Arraes (PT).

Quem mais se aproxima de João Campos (PSB) é a petista. Ela tem 35% e Campos tem 41%. São 6 p.p. que os separam.

A diferença é maior quando a disputa é com Mendonça, que atinge 38%, enquanto o socialista vai a 46%. São 8 p.p.

Mas, o fato de a simulação entre Mendonça e Campos alcançar percentuais mais altos do que com Marília, indica que há uma polarização mais presente, com um número menor de indecisos.

Quanto maior é a rivalidade, mais gente quer participar.

Na simulação entre PT e PSB, os indecisos são 22%. Já quando a disputa é com o ex-ministro da Educação, o percentual de pessoas que não sabem em quem votar cai para 14%.

Uma explicação para isso é o parentesco entre os dois. Marília e Campos são primos e, por estarem o tempo todo sendo associados como aliados, principalmente por Mendonça, é como se PT e PSB fossem primos também. Como se a disputa fosse ter o mesmo resultado, independente de quem seja o vencedor. O que não empolga o eleitor.

Até com a Delegada Patrícia (Podemos), de quem, pelo Datafolha, Campos ganharia mais fácil, o número de indecisos (15%) é menor do que com Marília.

Os primos podem até ir pro 2º turno, mas o eleitor dá mostras de que não vê muito tempero nessa possibilidade.

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