A decisão de Bolsonaro (sem partido) sobre voltar ao PSL, ou não, tem a ver com Lula (PT). O atual presidente tinha um roteiro bem definido sobre a escolha de um partido.
Seria uma sigla pequena, que ele pudesse controlar e que abrigasse todos os seus apoiadores.
Ter tempo de TV e Rádio não era tão importante, nem dinheiro, porque no acordo feito com outras siglas, para uma aliança, os partidos de centro poderiam fornecer isso.
Bolsonaro era o grande favorito, principalmente por estar na cadeira. Nesse contexto, era ele quem fazia exigências para os partidos candidatos a receberem sua corte. O PSL nem estava entre as maiores possibilidades.
Quando Lula ressurgiu no cenário, mudou tudo.
O petista já está à frente de Bolsonaro em pesquisas e começou a trabalhar para atrair os partidos do centro. Junte-se a isso a queda na popularidade de Bolsonaro.
Os partidos de centro pulam de barco que ameaça afundar.
Antes, o STF já havia começado a atuar contra a chamada milícia digital bolsonarista, que usa as redes sociais para atacar adversários e espalhar fake news.
Isso fez Bolsonaro precisar mais de Rádio e TV. Numa eleição, pode ser essencial contra a máquina de propaganda e de criação de narrativas do PT.
Foi aí que o PSL ressurgiu como opção, por ser o segundo maior partido do Brasil, ter dinheiro e tempo de TV e Rádio.
Só que, agora, o jogo virou. É o PSL quem faz exigências. E Bolsonaro estuda se vai aguentar obedecer mais do que mandar.