A semana mais importante, até agora, na CPI da Pandemia começa nesta terça-feira (18). O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo vai falar aos senadores.
Diferente de Eduardo Pazuello, que fala na quarta-feira (19), Araújo não correu ao STF para ter o direito de ficar calado, será obrigado a falar e falar a verdade.
Não é de se admirar que não se preocupe com o que vai dizer, porque o ex-chanceler tem fama de viver em um planeta paralelo e, nesse orbe alternativo, ele fez tudo certo.
A curiosidade será pelo encontro dessas realidades. Ernesto apostou todas as fichas em Donald Trump, depois apostou as fichas num spray milagroso criado por Israel que, hoje se sabe, não deve dar em nada. Ao ponto de o governo brasileiro baixar sigilo sobre o que foi discutido lá e impedir que saibamos como o nosso dinheiro foi gasto quando uma comitiva, incluindo filho do presidente e o então chanceler, viajou para Israel.
Araújo será questionado sobre declarações feitas contra a China e como isso pode ter impactado no atraso de nossa vacinação aqui.
Sem falar nas ideias sobre "nova ordem mundial", "globalismo" e outras bobagens baseadas no bobo que orienta Ernesto, Olavo de Carvalho.
Será engraçado, no mínimo. E, perante mais de 430 mil mortos, deve revoltar, com certeza.