Cena Política

Pesquisa mostra impopularidade de Bolsonaro em seu estado de origem. Pronunciamento exaltando vacinas é tentativa de amenizar queda

Collor (Pros) demorou a perceber que seu ocaso não tinha solução e foi surpreendido quando tentou reagir. Dilma (PT) acreditou que o próprio ocaso daria em nada e pediu ajuda aos "companheiros" tarde demais. Na gestão de baixa popularidade há um ponto aonde se vai e do qual, passando, não tem volta.

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Igor Maciel

Publicado em 03/06/2021 às 9:51 | Atualizado em 03/06/2021 às 11:07
Análise
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Nesta quinta-feira (03), a Veja publica pesquisa do instituto Paraná Pesquisa sobre a popularidade de Jair Bolsonaro, específica com eleitores do Rio de Janeiro.

É simbólico porque é o reduto eleitoral do atual presidente.

O levantamento foi feito entre os dias 28/5 e 1º/6 e mostra que, hoje, apenas 27% dos cariocas dizem que votariam com certeza no atual chefe do Executivo.

Em 2018, no 2º turno contra o PT, Bolsonaro teve 67% dos votos no estado.

Talvez, a percepção desses resultados tenha ajudado a provocar o recuo que se viu no pronunciamento do dia 2 de junho, no qual o presidente abandonou o tom negacionista e tentou comemorar a vacina, em rede nacional.

Resta saber se haverá tempo para mudar, caso seja esse o interesse.

Na comédia e na gestão impopular, timing é tudo.

Collor (Pros) demorou a perceber que seu ocaso não tinha solução e foi surpreendido quando tentou reagir.

Dilma (PT) acreditou que o próprio ocaso daria em nada e pediu ajuda aos "companheiros" tarde demais. 

Na gestão de baixa popularidade há um ponto aonde se vai e do qual, passando, não tem volta.

A reação das panelas, enquanto, na quarta-feira (02), Bolsonaro tentava estancar seu ocaso, é um mau sinal para ele. As manifestações do último fim de semana, também.

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