A queda expressiva na popularidade de Bolsonaro (sem partido), enquanto Lula (PT) se estabiliza com alta rejeição, aguçou o faro de possíveis candidatos a presidente que nem estavam mais inclinados a disputar o pleito em 2022. É o caso do ex-juiz Sergio Moro.
Desde que deixou o ministério da Justiça, Moro se mudou para os EUA e assumiu um emprego por lá. Escreveu artigos em alguns momentos para a imprensa brasileira, mas evitou holofotes. Ficou distante também das repercussões pela anulação de sua sentença na condenação de do ex-presidente petista.
Nunca disse que tinha desistido de ser presidente, mas já era considerado carta fora do baralho até pelos seus maiores entusiastas. O ambiente era de intensa polarização entre bolsonaristas e petistas, indicando que não haveria espaço para ele. Aí, Bolsonaro começou a cair.
A redução da popularidade do presidente para um patamar abaixo dos 30% que estava acostumado, meso nos piores momentos, chamou a atenção. José Luiz Datena (PSL), que cogita ser candidato, é resultado disso.
Com Moro não é diferente. Ele está no Brasil esta semana, viajando entre Curitiba e Brasília. Na Capital Federal marcou encontros com dirigentes do Podemos. A conversa seria com Renata Abreu, que preside a sigla, e o senador Álvaro Dias (Podemos).
Se for candidato, é pelo Podemos que o ex-juiz deve ir à urna.
Nas pesquisas em que ainda vinha sendo cogitado, Moro aparece com menos de 10%, em todas.
Mas, se Bolsonaro não se recuperar, a chance aumenta.