Lula (PT), o próprio PT, e 90% dos integrantes da esquerda brasileira sobrevivem da ilusão de amor popular e, sem essa autoimagem, precisam de analista. Quem sabe, psiquiatra.
Para evitar a realidade, apoiam-se na ameaça da influência negativa externa. Por exemplo, se alguém não me ama, é "porque sofreu influência dos EUA".
Em Cuba, a população está passando fome. É grave. No país que vive se gabando, sem razão, de seu sistema de saúde, não há medicamentos para os doentes.
O povo foi às ruas, organizado pelas redes sociais, e começou a protestar. A ditadura cubana cortou a internet para tentar evitar que as pessoas se organizem, prendeu manifestantes, mandou interromper entrevistas sobre o assunto. Agiu como o que é: um regime autoritário que cerceia liberdades.
Num momento em que Lula tenta unir a oposição contra Bolsonaro, alegando que o presidente ameaça a democracia, imagina-se que atitudes públicas antidemocráticas, contra a liberdade de expressão e de manifestação do povo cubano seriam criticadas pelo petista. Não foram.
Pelo contrário, Lula defendeu o governo cubano e disse que a culpa é, adivinhe: dos EUA.
O site do PT chegou a reconhecer a fome e a falta de medicamentos em Cuba, mas diz que o povo só está reclamando nas ruas porque foi incentivado pelos EUA.
Para o PT, tudo bem morrer de fome, desde que não reclame.
Se reclamar, está a serviço do imperialismo americano.
É patético.