A pressa era só pelo "sim". O "não" ainda podia esperar.
Em entrevista à Rádio Jornal, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) disse acreditar que ainda é o início de um processo de decisão no partido, sobre a candidatura de Miguel Coelho (MDB) ao governo do Estado.
É curioso porque foi Miguel quem procurou a direção estadual e, segundo relatou o presidente da sigla, Raul Henry, em nota, colocou o prazo de resposta até agosto, já que, sendo negativa ou positiva, precisava se organizar.
Se for ser candidato, Miguel precisa deixar tudo encaminhado na prefeitura e se desincompatibilizar até 2 de abril de 2022.
Se precisar mudar de partido, precisa buscar um destino e montar um palanque.
A questão de FBC tem a ver com a própria candidatura também. Ele é senador até dezembro de 2022 e precisa decidir se tenta a reeleição ou se disputa uma vaga de deputado federal, o que é mais provável. Para decidir isso, precisa de uma definição sobre o filho.
Na entrevista, o senador também deixa transparecer a esperança de que o governo Bolsonaro reaja e a popularidade do presidente force o partido, nacionalmente, a pender para ele. Não é projeto de fácil execução se levar em conta a situação atual.
No MDB, principalmente no interior, o que alguns prefeitos e parlamentares chegaram a dizer é que "o custo benefício de uma vinculação a Bolsonaro agora não valia a pena".