Está no entendimento das articulações triangulares entre PSB, PDT e PT: quem os socialistas apoiarem para presidente, terá prevalência ao indicar nomes ao Senado.
É uma vaga só, então é natural que o principal parceiro da vez assuma o posto.
O apoio nacional deve definir o futuro do PSB. É lógico que, se apoiarem Ciro (PDT), os socialistas terão muito mais poder de barganha do que se apoiarem Lula (PT).
O petista costuma obrigar todos os outros partidos a orbitarem sua presença. O pedetista também é conhecido como centralizador, mas teria mais disposição para ceder espaços.
Em Pernambuco, o PSB já teve condições de impor, na mesma chapa, um nome do PSB para o governo e outro para a única vaga ao Senado, em 2014. Foi Fernando Bezerra Coelho, socialista à época. Cedeu apenas a vice, para o MDB.
Eram outros tempos, com Eduardo Campos. Hoje, a situação é outra.
A novidade, percebida por alguns interlocutores do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na visita ao estado há uma semana, é que o nome de preferência dele para indicar à chapa é o de Wolney Queiroz (PDT) e não o de José Queiroz (PDT), pai dele, como já se cogitou.
Wolney é líder do PDT na câmara Federal pelo segundo período consecutivo e tem agradado bastante. Em Pernambuco, tanto tem servido como balizador para ações de Lupi no estado como é o responsável direto por manter, tanto quanto possível, o PDT na Frente Popular.
Falta o PSB apoiar Ciro. Aí é outra história.