Uma possível fusão entre PSB e PCdoB, já discutida aqui na coluna, voltou à pauta esta semana. A união entre os dois partidos voltou a ser cogitada porque é um desejo de Lula (PT), para facilitar palanques em alguns estados do Brasil.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, Manuela D'ávila (PCdoB) seria candidata com apoio do ex-presidente petista e garantiria apoio a ele.
O Sul é a região mais difícil para Lula, é a única em que Bolsonaro tem bons resultados. Apesar de ter população pequena se comparada com o Sudeste e o Nordeste, há uma preocupação do PT por lá.
A fusão também ajudaria Lula a resolver o vice. Se escolher alguém do grupo, satisfaz dois partidos de uma vez.
A fusão vem sendo discutida há bastante tempo, desde que o PCdoB quase foi extinto em 2018, pelos maus resultados na eleição.
Depois, o governador do Maranhão, Flávio Dino, que era do PCdoB e pensava em ser candidato a presidente, começou a pressionar pela fusão para fortalecer as bases.
Quando perdeu a paciência, Dino tratou de se transferir para o PSB. A ida foi em paz, exatamente porque se a fusão acontecer, fica tudo do jeito que estava para ele que, com a reentrada de Lula no cenário, virou candidato ao Senado.
A fusão, para o PCdoB, porém, ainda é um plano alternativo.
Primeiro, eles sonham em aprovar a "federação de partidos", uma volta disfarçada das coligações, para poder continuar dependendo de outras siglas, recebendo dinheiro público, sem precisar mostrar resultados eleitorais.
Se isso não der certo, aí sim, pedirão socorro ao PSB.