O apresentador José Luiz Datena (PSL) é o fato novo da eleição de 2022, até agora.
Há quem duvide que ele persista na intenção de ser candidato a presidente da República. Muitos fatores estão envolvidos e ele pode desistir para ser candidato ao Senado por São Paulo, com um caminho mais fácil.
Mas na primeira pesquisa em que seu nome foi incluído nos cenários nacionais, empatou com Ciro Gomes (PDT).
O levantamento é da Genial/Quaest e trouxe Datena com 10%, empatada com Ciro (10%). Neste cenário, Bolsonaro (sem partido) teria 27% e Lula (PT), 44%.
Não muda o jogo, mas muda.
A entrada de Datena, a princípio, não quebra a polarização entre os líderes, mas o resultado de momento demonstra uma aceitação ao recém-chegado capaz de colocar o PSL no jogo como protagonista de novo.
Não é por acaso que, na semana passada, Ciro levantou a possibilidade de Datena ser seu vice, o que foi recusado.
O PSL é o partido que mais vai receber dinheiro do fundo eleitoral, junto com o PT. Estrutura não vai faltar.
Datena poderá ter muito tempo de TV e rádio, o que vai reforçar sua imagem já conhecida, exatamente do rádio e da TV nacional, num casamento do "apresentador que expõe bandidos" para o "presidente que vai moralizar o país".
Dá match. E não é uma preocupação apenas para Ciro. Bolsonaro e Lula deveriam ficar bem atentos também.
Resta saber se ele vai persistir na ideia e bancar o ônus da política (que não é pequeno).
Ou vai ser um novo Luciano Huck.