Em conversa com a coluna, uma fonte resumiu o papel do PSD, presidido pelo ex-governador de SP Gilberto Kassab, lançando candidato à presidência para 2022: "É um acordo com Lula".
Segundo essa fonte, a ideia de Lula e Kassab é diluir os votos do centro e evitar que alguém tire Bolsonaro do 2º turno.
Sim, o plano é garantir que o presidente não caia muito ao ponto de ser ultrapassado por Ciro Gomes (PDT) ou qualquer outro nome da chamada terceira via.
Lula sabe que precisa antagonizar com o atual chefe do Executivo para ser vitorioso. Ambos têm rejeições muito altas e o petista leva vantagem no embate.
Com essa rejeição, qualquer outro candidato pode vencê-lo no 2º, menos Bolsonaro.
Kassab trabalha com a possibilidade real de lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, hoje no DEM, candidato a presidente pelo centro. Objetivo, porém, seria fortalecer as chapas proporcionais com a candidatura própria e viabilizar apoio a Lula na segunda etapa da eleição.
O próprio Rodrigo Pacheco começou a virar a chave, nas últimas semanas, para criticar Bolsonaro mais diretamente. Ele foi eleito para a presidência do Senado com apoio do bolsonarismo.
Em PE, é bom lembrar, o deputado federal André de Paula é o presidente do PSD e trabalha para ocupar a vaga a ser disputada para o Senado na chapa do PSB a ser formada.
O PSB está em negociação com Lula e o PT. Ele, hoje, não é o favorito para a vaga de senador, mas pode acabar entrando na estratégia nacional.