A deputada federal Marília Arraes (PT) teria, há uma semana, feito uma promessa a Lula (PT): não vai atrapalhar a aliança, caso ocorra, com o PSB.
Por outro lado, ela terá todo o apoio do partido na busca pela reeleição, considerada muito importante para fortalecer o partido nacionalmente, principalmente com a expectativa de que Lula seja presidente.
A conversa colocou uma pedra sobre dois assuntos tratados à boca miúda por semanas: o de que ela iria sair do PT para buscar um novo partido e o de que Lula estaria irritado com a deputada neta de Arraes.
Ambos os rumores estiveram corretos em certas ocasiões, mas são águas passadas.
Lula chegou a declarar sua irritação para membros do partido quando Marília foi contra a orientação do PT e candidatou-se a uma posição na Mesa Diretora da Câmara Federal. Os petistas tinham outra estratégia e ela teria "se atravessado", apesar de ter vencido.
Marília esteve bem próxima de deixar o PT e filiar-se a algum partido. Sabe-se de conversas com o PSD, de André de Paula, no ano passado e também com o PSOL.
No fim, prevaleceu o óbvio. Apesar de tudo, o PT é importante para ela e ela é importante para o PT.
Apesar de tudo, petistas e aliados da Frente popular observaram que a deputada recebeu Lula, no fim de semana em Recife, com uma pesquisa debaixo do braço.
O levantamento teria sido apresentado por ela ao ex-presidente e mostra que seu nome, hoje, é o favorito para o governo do Estado e também para o Senado.
Todos entenderam que Marília quis dar munição a Lula na negociação com o PSB, mas aproveitou para mostrar que é competitiva, "caso ele precise".