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Cena Política

Por Igor Maciel
Cena Política

Pesquisas seguem mostrando que "nem, nem" é o candidato mais competitivo da eleição de 2022

Quem é "nem, nem"? É a pergunta mais importante da República. E tem milhares de pessoas tentando responder para ocupar esse lugar.

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Igor Maciel

Publicado em 01/09/2021 às 11:16 | Atualizado em 01/09/2021 às 11:17
Ciro tenta, mas não convenceu ainda. Pesquisas mostram o pedetista estacionado. - DIVULGAÇÃO

As pesquisas mais recentes mostrando cenários para a disputa pela presidência da República podem ser apenas um retrato do momento e não definir quem vai ganhar ou perder a eleição em 2022, mas trazem sinais claros de como está o humor da população.

Algo que fica cada vez mais claro é que o candidato mais competitivo de 2022, chama-se "nem, nem". "Nem Lula, nem Bolsonaro".

Esta semana, há levantamentos, por exemplo, mostrando crescimento de Lula (PT) e queda de Bolsonaro (sem partido). O mesmo levantamento, porém, aponta um componente muito forte no voto bolsonarista do elemento "anti-PT".

Nas entrevistas, 25% dos eleitores que apontam voto em Bolsonaro dizem que votam nele para evitar que o "PT volte".

No caso de Lula, o elemento anti-bolsonaro responde por 8%.

Esse candidato, que negue os dois polos, ainda não existe. Ou está aí e não foi percebido por esse eleitor.

Parece conversa fiada, já que outras opções existem e estão na estrada, mas a mesma pesquisa aponta que mais da metade dos entrevistados gostaria de votar em outro candidato que não fosse Lula, nem Bolsonaro. O índice chega a 58% no levantamento espontâneo.

Quando todos os candidatos são apresentados, na pesquisa estimulada, ainda assim os que não votam em ninguém chamam atenção. O terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), briga voto a voto com a soma de "não sabe" e "Branco/Nulo".

Quando a pergunta é feita de maneira específica, o "nem, nem" vence Bolsonaro, por exemplo.

Numa disputa fictícia entre Lula, Bolsonaro e "Nem um, nem outro", o petista tem 45%, o "nem, nem" chega a 25% e Bolsonaro teria 23%.

Quem é "nem, nem"? É a pergunta mais importante da República. Sem resposta, ainda.

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