O clima esquentou na reunião da CPI da Covid, marcada para esta quarta-feira (20), para a leitura do relatório final preparado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Antes da leitura, no momento em que os parlamentares colocam suas posições e questão de ordem, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) solicitou que o nome do presidente Bolsonaro fosse retirado do texto, para que não fosse indiciado.
A justificativa dele é que se os governadores não podem ser investigados pela CPI, o mesmo princípio da separação de poderes deveria ser aplicado ao presidente da República.
A questão foi rejeitada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), explicando que os governadores não foram incluídos por definição enviada pelo STF e que não se aplica ao presidente.
Marcos Rogério insistiu e o clima fechou:
"Sua questão de ordem está indeferida. O presidente cometeu muitos crimes e vai pagar por eles", respondeu Aziz.
"É o método de tratorar", replicou Marcos Rogério.
"Problema seu. Tenha a maioria aqui e aí você aprova o que quiser. Se não tem, fique quieto", encerrou Aziz.
Marcos Rogério faz parte do grupo de apoio a Jair Bolsonaro na CPI da Covid, que é minoria no colegiado.