Existe motivo para algumas coisas serem como são.
Um exemplo: o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco, José Patriota (PSB), estar no cargo há oito anos e ser quase uma unanimidade entre os gestores municipais representados por ele.
Apesar de estar no PSB, Patriota não tem problema, nem mesmo com os prefeitos da oposição, porque é sempre pragmático, além de ter prestígio para criticar até o próprio PSB quando necessário.
Na sexta-feira (22), numa entrevista ao Passando a Limpo, na Rádio Jornal, ele não se furtou a falar sobre os atrasos nas obras da Adutora do Agreste, tocadas pelo governo do Estado com dinheiro Federal.
Reclamou da falta de dinheiro para que se finalize a obra e lembrou que o governo Federal não está mandando a verba, mas não poupou o PSB ao dizer que alguns falham na articulação política com Brasília.
Está correto.
Confira, abaixo, a entrevista:
Vale lembrar que a obra começou com Eduardo Campos e o dinheiro estava vindo, mas não parou apenas quando Bolsonaro assumiu.
A torneira de recursos fechou bem antes, pela falta de articulação e pelos interesses políticos do PSB. Quando Eduardo resolveu ser candidato a presidente, precisou brigar com Dilma. O dinheiro parou.
Em seguida, o PSB decidiu brigar com Michel Temer (MDB) para agradar Lula (PT) e aproveitar a influência do petismo numa eleição local. O dinheiro travou.
Depois, brigou com Bolsonaro (sem partido) e o dinheiro também não veio.
Pra reclamar do atua presidente, é preciso reclamar dos anteriores e admitir que também tem culpa.