Justiça é um conceito relativo na política.
Mas, é justa a forma como o PSB trata os seus?
Geraldo Julio (PSB) e Paulo Câmara (PSB) sustentaram a barra quando o partido precisou. Tornaram-se para raios quando as crises chegaram. Foram condutores quando as eleições exigiram.
O primeiro foi escondido na eleição de 2020 e o segundo começou a eleição de 2022 sendo escondido também.
A provocação de Anderson Ferreira (PL) com Danilo Cabral (PSB), chamando a Frente Popular de "turma de Paulo Câmara", vale um questionamento do eleitor.
Danilo é o candidato de Paulo Câmara também? Porque a insistência do socialista em dizer que é o candidato de Lula (PT) está bem posta, mas o governador de PE nem é lembrado.
Carregadores de piano costumavam ser esquecidos quando não eram necessários, apesar do trabalho fundamental que desempenhavam. No Recife, eram tradicionais até a primeira metade do século 19 e tinham até canções características que entoavam juntos enquanto levavam a carga no topo cabeça, marchando no mesmo ritmo para que o instrumento não desafinasse.
Muitas vezes iam seis ou oito homens. Quem já viu diz que era um espetáculo bonito. E sempre havia uma música ritmada com os passos, menos quando o piano era de uma viúva, daí a tradição mandava que o cortejo fosse feito em silêncio.
Quem toca o instrumento e é celebrado, não deveria esquecer quem proporcionou aquilo. E, do seu jeito, foi artista também.
Paulo e Geraldo, mesmo que não tenham o brilho de gestões exitosas, mesmo que tenham baixa popularidade, cumpriram o que lhes foi exigido.
E vão ser guardados num armário?