O motivo de o presidente do União Brasil, Luciano Bivar (UB), ficar misterioso com a pré-candidatura de Miguel Coelho (UB) ao governo do Estado, alimentando dúvidas sobre o ex-prefeito de Petrolina ter, ou não, a legenda para disputar o Palácio, é a preocupação de não ser reeleito.
Ele teme que a chapa formada por Miguel para deputado federal não o beneficie. Sem coligações, Bivar está no mesmo barco de Mendonça Filho (UB) e Fernando Filho (UB), mesmo em outro partido, quem também deve ser beneficiado pelos votos de Miguel é Ricardo Teobaldo (Podemos).
No entorno de de Bivar, há pessoas que tentam convencê-lo a ficar neutro, não lançar candidato ao governo, e ser ajudado pelo PSB com votos para garantir sua própria reeleição.
Eles argumentam que no União Brasil não terá espaço para todo mundo, mas o PSB só vai ajudar se Miguel não for candidato.
Seria algo parecido com o que aconteceu em 2020, no Recife, quando o PSL lançou uma candidatura apenas para constar e evitou reforçar palanques adversários a João Campos (PSB).
A pessoa, dentro do União Brasil, que tenta levar Bivar para mais perto do PSB é influente, da confiança do presidente, e tem boa relação com os socialistas.
Na equipe de Miguel, uma fonte diz que já houve quem sentasse com Bivar para fazer as contas e provar que o partido pode eleger até quatro deputados federais, incluindo ele.
Essa matemática, mas não só isso, é o que está sustentando, até agora.