O PT deve conseguir o que queria, que era não precisar pedir votos para Danilo Cabral (PSB).
Embarcando numa eleição "solteira", poderá pedir votos para Teresa Leitão (PT), mesmo que o eleitor não aceite votar em Danilo, aquele que "que votou pelo impeachment de Dilma", etc. Mais do que oportunismo do PT, é bom dizer que o partido de Lula tem uma outra preocupação local.
Há quem desconfie que o PSB não está muito empenhado na campanha de Danilo Cabral. Nos últimos dias, surgiu essa desconfiança.
Mesmo se o PSB fizer corpo mole para Danilo, pensando que perder agora beneficia João Campos depois, o PT ainda quer o Senado.
Essa desconfiança tem sido motivo de muita discussão interna. Dentro do PT há quem ache que os socialistas não estão muito empolgados e não parecem estar empenhados na própria campanha de Danilo.
Sendo assim, temem que vão ser sócios de uma derrota programada pelo PSB.
Na hipótese levantada por ao menos dois integrantes da Frente popular que conversaram com a coluna, João Campos poderia ser beneficiado se fosse candidato em 2026 após um mandato do atual grupo de oposição "com tudo para ser muito difícil", por causa da crise econômica que não deve se resolver tão cedo.
A vantagem seria melhor do que ter mais quatro anos de desgaste com alguém do PSB, para tentar "consertar tudo" com a candidatura do herdeiro de Eduardo Campos.
Parece sem sentido, porque perder o controle da máquina estadual é algo arriscado demais, até para o mais radical dos estratégistas, mas há quem esteja praticamente certo disso.
O principal indício é a falta de empolgação dos socialistas.
"Até chapa de grêmio estudantil é mais animada do que isso", brinca um aliado.