Ao expulsar dissidentes, o PSB quis dar um recado aos próprios filiados mostrando que não aceitaria desvios nos apoios a Danilo Cabral (PSB) como candidato a governador de Pernambuco. Quem não estiver a favor está contra.
Faz sentido, internamente.
Para fora, a estratégia é estranha e contraproducente.
O PSB só pode expulsar quem declara apoio publicamente. Quem declara publicamente já chegou em um ponto de não retorno e não está mais preocupado em seguir no partido. A expulsão chega a ser um benefício, nesses casos. Mas, o pior é a divulgação de uma lista com dissidentes, dando publicidade à insatisfação com o palanque.
Uma coisa é Marília Arraes (SD, Miguel Coelho (UB), Raquel Lyra (PSDB) e Anderson Ferreira (PL), pontualmente, anunciarem apoio de um ou outro vereador ou prefeito socialista. É algo que fica diluído no noticiário político.
Outra coisa é o próprio PSB admitir que há uma lista de nomes que não apoiam Danilo e que estão sendo expulsos por isso. A ideia é cortar o mal pela raiz e impedir que eles continuem, depois, sendo do PSB e apoiando um adversário. Mas, com todo respeito aos vereadores e prefeitos expulsos, o impacto que eles provocariam seria tão grande assim?