O PT de Pernambuco está expulsando quem declara voto em Marília Arraes (SD).
O PSB de Pernambuco está expulsando os socialistas que não concordam com a indicação de Danilo Cabral (PSB) e anunciam apoio a outros nomes.
O resultado é que tem muito expulso, nos bastidores, "comemorando a liberdade".
PSB e PT vivem num planeta diferente do restante dos eleitores. Uma pesquisa recente do Instituto da Democracia mostrou que só dois em cada dez brasileiros têm alguma simpatia por partidos políticos.
A esmagadora maioria da população não está nem um pouco preocupada com a sigla do seu candidato. Então, o ato de petistas e socialistas não passa de jogo de cena. E os expulsos ficam, intimamente, muito felizes.
O Instituto é um colegiado formado por membros da UFMG, IESP/UERJ, Unicamp e UnB e por pesquisadores da USP, UFPR, UFPE, UNAMA, IPEA e, internacionalmente, do CES/UC e da UBA. Seus relatórios são abrangentes e bem conceituados.
Na prática, o efeito eleitoral para um prefeito, por exemplo, expulso do PSB ou do PT, é muito pior para os partidos do que para o político. É menos influência e mais desagregação, com vozes dissonantes. Compromete a visão de democracia interna.
E não faz mal nenhum para o prefeito excluído.
Se for um deputado ou vereador, melhor ainda, porque além de ficar livre para trocar de partido, terá como negociar com outras siglas e receber mais benefícios, sem medo de perder o mandato.
Alguém está vendo os expulsos desesperados, chorando pelos cantos ou reagindo na Justiça contra o PSB e o PT? Incrível, né?
Partidos de quem?
Por culpa de seus dirigentes ao longo dos anos, partidos políticos viraram apenas um pedaço da burocracia brasileira e nada mais. A um custo exorbitante, é bom lembrar.