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Cena Política

Por Igor Maciel
Cena Política

Deputado pernambucano pode ser a ponte do centrão com Lula, caso o petista vença a eleição

Se o Republicanos, um dos integrantes do centrão, quiser aderir ao palanque de Lula num segundo turno ou após uma possível vitória, por exemplo, a caminhada passará por ele.

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Igor Maciel

Publicado em 18/07/2022 às 11:04
Lula (PT) - Reprodução de vídeo- Uol

A ponte de Lula (PT) com o centrão é um pernambucano, o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos).

Silvinho, como é conhecido em seu estado era um dos que estavam presentes no encontro do ex-presidente com parlamentares, semana passada em Brasília.

Mas, esse não é o único motivo que o credencia. Para quem não lembra, o Republicanos foi o último partido a fechar com Jair Bolsonaro (PL) para 2022 e isso não foi uma construção fácil. O presidente nacional da sigla, o deputado Marcos Pereira (SP), chegou a fazer críticas ao atual presidente e dizer que ele atrapalhava, mas acabou convencido a aderir quando Bolsonaro garantiu a filiação do ex-ministro Tarcísio de Freitas e de outros bolsonaristas, que disputam eleições majoritárias, ao Republicanos.

A partir daí, Silvio Costa Filho que já apoiava Lula, tornou-se uma espécie de porto para a sigla e para o centrão que têm interesse em se aproximar caso o petista vença a disputa dos próximos dias.

Silvinho é filho do ex-deputado Silvio Costa, que fazia parte da “tropa de choque” de Dilma Rousseff entre 2015 e 2016.

Quem acompanhava as votações do impeachment na Câmara, com certeza, lembra de duas figuras muito características da defesa da ex-presidente: José Guimarães (PT), que era líder do governo, e Silvio Costa, que até quando a votação já estava perdida gritava alto nos microfones dos jornalistas garantindo “que não havia acabado” e que “ainda tinha chance”.

Silvio, o pai, disputou a eleição em 2018 para o Senado e não teve êxito. Silvinho foi eleito deputado federal e aproximou-se muito dos presidentes da Câmara desde então. Era muito próximo de Rodrigo Maia (PSDB) e tem boa interlocução com Arthur Lira (PP).

Em Pernambuco, assumiu a defesa dos prefeitos e se transformou em um tipo de “representante da pauta municipalista”.

No encontro com Lula era o único representante do Republicanos. Também por causa da interlocução com os municípios, o PT tem interesse em manter o deputado pernambucano por perto.

Se o Republicanos quiser aderir ao palanque de Lula num segundo turno ou após uma possível vitória, a caminhada passará por ele. 

Para fazer justiça, também de Pernambuco, outro deputado que apoia o ex-presidente Lula mesmo o próprio partido estando na oposição nacional é Eduardo da Fonte.

A questão é que Dudu não tem a proximidade com o PT e isso pode dificultar.

Fora que o próprio Ciro Nogueira (PP), presidente nacional da sigla, já foi aliado do PT e tem proximidade com Lula, apesar de ser ministro de Bolsonaro atualmente.

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