Confirmada como candidata a vice na chapa de Raquel Lyra (PSDB), Priscila Krause (Cidadania) ajuda a colocar ponto final em toda especulação de que a tucana "desistiria da eleição".
A pressão vinha, principalmente, de pessoas em vários setores ligadas ao pré-candidato Miguel Coelho (UB), que sonhava em tê-la na própria chapa para se reforçar.
No anúncio, Raquel e Priscila fizeram questão de alfinetar: “frustrando a expectativa de muitos”, brincaram, enquanto anunciavam.
Resta saber, agora, quem será o candidato ao Senado. Há uma aposta de que o nome deve ser o de Guilherme Coelho (PSDB), primo de FBC.
Perfil
Priscila terá o papel de colocar o Recife e a Região Metropolitana na parceria. Ela já foi vereadora, candidata a prefeita da capital e atualmente é deputada estadual com boa votação na cidade.
Além disso, tem como marca forte a fiscalização das contas públicas. E esse deve ser o maior ganho para a chapa.
Krause costuma se apoiar em dados oficiais e se destacou ainda mais durante a pandemia, quando fazia o acompanhamento dos gastos da prefeitura do Recife e do governo de Pernambuco, gestões do PSB, com materiais usados pela saúde e com os respiradores.
Argumento
O argumento da campanha passa por usar essa pressão para buscar identificação com outras mulheres que também "sofrem por serem desacreditadas e por não serem levadas a sério". Passa também por mostrar que com esforço elas podem se "unir e superar as dificuldades".
As ações de fiscalização de Priscila também serão exploradas com a ideia de que ela esteve no lado contrário ao PSB. Inclusive, é considerada há anos uma líder da oposição na Alepe. Cargo que só não assumiu oficialmente, por causa dos acordos políticos de outros deputados.
Igual a 2020?
Em 2020, Priscila foi candidata a vice de Mendonça Filho na prefeitura do Recife e a campanha nunca retratou ela como vice, mas como se dividisse o protagonismo com Mendonça. Resta saber se a estratégia prevalecerá na parceria com Raquel.