Miguel Coelho (UB) tem boa parte de suas intenções de voto baseada na época em que o pai foi líder do governo Bolsonaro (PL).
Isso tem sido uma grande dificuldade para crescer, porque quando ele ganha votos com a força das alianças que firmou, principalmente com prefeitos, perde pelo outro lado, na medida em que Anderson Ferreira (PL) vai ficando conhecido e se legitimando como o candidato oficial de Bolsonaro.
Por isso, a impressão é que Miguel não cresce e às vezes cai. Muitos se perguntam como ele pode estar caindo se estava firmando ainda mais apoios. Acontece que é como se estivesse havendo uma substituição.
Um exemplo: para cada eleitor que entra nos acordos fechados com lideranças municipais, o ex-prefeito de Petrolina perde um eleitor bolsonarista que resolve votar em Anderson. A melhor forma de apresentar algum tipo de crescimento é convencer quem vai sair a ficar.
A palavra chave de Miguel é “contenção”.
Um grande passo foi dado esta semana com o anúncio do apoio do deputado estadual Cleiton Collins (PP) e da vereadora Michelle Collins (PP). Os dois são bolsonaristas e evangélicos, exatamente o público de Anderson que Miguel quer segurar com ele. Ambos foram bem votados nas eleições anteriores e devem atrapalhar o crescimento de Ferreira sobre Miguel.
No anúncio, inclusive, um banner chamava atenção. Além do casal Collins, uma foto de Miguel e outra de Bolsonaro, todos juntos.
Confira essa mesma análise para todos os candidatos, baseado no agregador JC/Oddspointer: