Fernando Henrique Cardoso (PSDB) precisou recorrer ao centrão quando teve que passar a emenda da reeleição em 1997.
Lula (PT) precisou do centrão para ser reeleito quando caiu em desgraça por causa do Mensalão e tudo indicava que perderia a reeleição.
Dilma se apoiou no grupo por anos até que brigou com o centrão e caiu.
Temer governou para o centrão e ajustou as contas do país.
Bolsonaro iria sofrer impeachment caso não se aliasse ao centrão.
Sempre foi assim.
Qual o motivo da irritação do presidente, agora, quando é chamado de “tchutchuca do centrão”?
Lição de avó: nunca prometa o que não pode cumprir.
A diferença entre Dilma, Lula, FHC, Temer e Bolsonaro é que o atual chefe do Executivo foi o único que fez campanha dizendo que nunca “negociaria com o centrão”.
A impressão é que Bolsonaro, vivendo em Brasília há tantos anos, no Congresso por mais de duas décadas, não tinha a mínima ideia de como o sistema funcionava.
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Os outros também eram tchutchucas do centrão (aliás, uma expressão horrível), mas como nunca prometeram “governar sem o centrão”, por saberem que não conseguiriam, ou foram “aliados” ou “vítimas” dele, nada mais.
Não ajudam em nada, também, as falas de auxiliares do presidente que sempre relacionaram o centrão com “ladrões”.
Bolsonaro teve que aprender na marra que política não se faz tendo razão. Mesmo que você tenha.
Então, agora, não adianta ficar com raiva e brigar na rua.
Agregador de pesquisas JC
Confira abaixo os números do agregador de pesquisas do JC com a Oddspointer: