Quando se vai à miudeza das pesquisas, além dos números principais, algumas evidências ficam mais claras. Uma delas é que Miguel Coelho (UB) é, realmente, muito forte em Petrolina. Muito forte, mas só em Petrolina e em parte do Sertão do São Francisco.
No Sertão do Araripe, Pajeú, Moxotó, a vantagem não se sustenta. Marília Arraes (SD) e Danilo Cabral estão mais fortes nessa região.
Por Petrolina ser uma cidade muito grande, quando o nome é colocado numa pesquisa geral, em todo o Sertão, Miguel ainda se destaca. Mas os flancos ficaram abertos.
Recentemente, numa conversa com um candidato a uma cadeira no Legislativo, que é de Petrolina, houve esse alerta: “Saindo de Petrolina, a influência dos Coelho é bem limitada”.
E o motivo é curioso. Diz ele que Petrolina tornou-se um oásis nos últimos anos, ficou como uma vitrine da administração do ex-prefeito, baseada na quantidade de verbas que saíram da União através do governo Bolsonaro (PL) e, antes, do governo de Michel Temer (MDB).
Entre 2016 e 2018, o irmão de Miguel, Fernando Filho (UB), foi ministro de Temer. Depois, o pai, Fernando Bezerra (MDB), foi líder de Bolsonaro.
Nesse período, segundo lideranças da região, Petrolina foi muito beneficiada e o trabalho realizado foi muito importante, mas não ultrapassou os limites da cidade para o resto do Sertão. O que se esperava era que o sertanejo ignorasse isso e apostasse na vitória de um conterrâneo, apoiando Miguel.
O que não está acontecendo, por enquanto.
Agregador de pesquisas JC
Confira abaixo os números do agregador de pesquisas do JC com a Oddspointer: