Destaques e análises políticas do Brasil e Pernambuco, com Igor Maciel

Cena Política

Por Igor Maciel
Cena Política

Marília Arraes e o drama da rejeição. No evento com Lula ela pode ficar ao lado do PSB

Uma dúvida era se Paulo Câmara (PSB) estaria por lá e ele confirmou que marcará presença, sim. Haverá foto?

Cadastrado por

Igor Maciel

Publicado em 12/10/2022 às 7:47
Marília Arraes (SD) - RENATO RAMOS / JC IMAGEM

A pesquisa Ipec indica que Marília Arraes (SD) tem um problema sério para administrar: a rejeição.

Enquanto o percentual de eleitores que dizem não votar em Raquel Lyra (PSDB) de jeito nenhum alcança 18%, a candidata do Solidariedade chega a 32% de rejeição. É quase o dobro.

Numa campanha curta de segundo turno, faltando pouco mais de duas semanas para a votação, o esforço para reverter algo assim é considerável.

Fora isso, o Ipec ainda trouxe o dado da “possibilidade”, também ruim para a deputada. Apenas 16% dos eleitores dizem quem ainda poderiam votar nela. No caso da ex-prefeita de Caruaru, esse índice é de 21%.

Já a taxa de certeza do eleitor que declara voto em Raquel e em Marília é equivalente. A tucana tem 50% e 44% acreditam que não mudarão de opinião. A adversária tem 42% no geral e 36% dizem que não mudam mais o voto. Iguais em 6 p.p. de diferença.

Paulo Câmara

Na briga para melhorar sua própria rejeição, Marília terá um grande desafio nesta semana: evitar Paulo Câmara (PSB).

A cúpula do PSB pernambucano já indicou que estará no evento de Lula (PT) no Recife. Ao que parece, não se trata de uma agenda do ex-presidente com Marília. Na verdade, a organização é do PSB. Marília estará lá, e deve estar, como uma “convidada de honra” e, claro, “candidata do grupo”.

Por causa da saia justa, ninguém sabia explicar direito qual seria o formato até o feriado da quarta-feira (12). Uma caminhada, uma carreata, um palanque com discurso? Quem ficará ao lado de quem?

Uma dúvida era se Paulo estaria por lá e ele confirmou que marcará presença, sim.

Não há como negar a força do PSB na chapa de Lula, já que o vice é o neossocialista Geraldo Alckmin (PSB). O papel de destaque cabe ao partido contra o qual a candidata tanto brigou.

Se ela evitar a foto com os socialistas isso chamará atenção, como um “fingimento de distância”, mas se estiverem todos juntos, a rejeição das últimas gestões locais pode alcançá-la. Não está fácil.

Agora pode

Marília, inclusive, já mudou o discurso em relação ao PSB. Menos de 24h após o resultado do primeiro turno, na Rádio Jornal, em sabatina que incluiu este colunista, a candidata afirmou que jamais "se juntaria ao PSB". Esta semana, participando de outra sabatina, dessa vez na Rádio Folha, tudo mudou.

Marília avaliou que já subiu no mesmo palanque que o PSB em 2018 por Haddad (PT) e não teria restrição a fazer isso de novo.

 

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS