A governadora Raquel Lyra (PSDB) entende a dimensão das exonerações recentes em seu secretariado e deixou isso muito claro na entrevista exclusiva que concedeu ao Passando a Limpo, na Rádio Jornal, nesta sexta-feira (1°).
Mas ela fez questão de reforçar que não há tempo para discutir muito essas questões. Por isso, lembrou que “quem saiu foi substituído com agilidade para que não haja interrupção no trabalho”. E a vida segue.
Vai assumir
Segue, inclusive, já com um novo secretário de Defesa Social assumindo o cargo na próxima segunda-feira (4). A governadora anunciou, em primeira mão, o nome do novo auxiliar, Alessandro Carvalho, durante a entrevista.
Carvalho já foi secretário nos governos de Eduardo Campos, João Lyra Neto e Paulo Câmara. Ninguém fica tanto tempo num cargo assim, atravessando três governos, se não for minimamente competente.
Com verba
Na época de Paulo Câmara, quando saiu do governo e voltou para a Polícia Federal, Alessandro reclamava muito nos bastidores da falta de recursos para combater a violência.
Agora, terá bastante dinheiro porque o caixa da segurança será irrigado com parte do empréstimo de R$ 3,4 bilhões garantidos há alguns meses. Esperam-se os resultados.
Ouvindo
Na mesma entrevista, Raquel falou sobre o programa Ouvir para Mudar. A governadora está no Sertão, onde passa por Petrolina, Ouricuri e Salgueiro.
A ideia é participar de encontros com lideranças regionais e com a população de 12 áreas de desenvolvimento do Estado com o objetivo de captar pedidos, informações e traçar metas para o Plano orçamentário de 2024 até 2027.
Acampamento
Os secretários foram todos convocados e estão juntos na viagem. A governadora citou a necessidade de colocar a equipe em contato com a realidade dos pernambucanos, nas ruas, em todos os municípios nos quais o grupo “montar acampamento”. Talvez se aproveite para fazer uma grande reunião, em algum momento, um ajuste, uma arrumação.
As coisas parecem mais tranquilas, mas a necessidade ainda existe.
Quem poderá…
Bolsonaro (PL) chegou a um ponto crucial e muito difícil de transpor nas investigações que apuram a venda irregular de joias recebidas pela Presidência da República em seu governo.
O casal Bolsonaro tinha que ficar em silêncio, como ficou, porque o risco de entrar em contradição no depoimento que a Polícia Federal organizou com eles e outros seis envolvidos era muito grande.
Mas o silêncio também travou qualquer tipo de auxílio político que eles pudessem ter.
…defender?
Se eles mesmos não se defenderam, os aliados não sabem como os defender. Não há reação dos bolsonaristas nas redes e nem mesmo dentro do Congresso.
Ninguém sabe qual a linha de defesa e muito preferem nem saber, para não ter que se envolver com o caso e terminarem prejudicados também depois.
Delação
Há informações de que o antes fiel advogado Frederick Wassef ajudou bastante a Polícia Federal no depoimento. O ex-ajudante de ordens Mauro Cid passou quase 10h falando, enquanto os bolsonaro estavam em silêncio. Não é um bom sinal.
Suécia
O Cônsul Erik Limongi Sial está com a agenda voltada para a presença da Embaixadora da Suécia no Brasil em Pernambuco, Karin Wallensteen, nos próximos dias. Será sua primeira visita institucional, após ela ter assumido o posto em Brasília. A embaixadora estará no Recife nos dias 4 e 5 de setembro.
Inovação
O roteiro institucional inclui encontros com a governadora Raquel Lyra (PSDB), a Vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão (PDT) e o Presidente do Porto Digital, Pierre Lucena. A ideia é consolidar entendimentos e reafirmar o interesse da Suécia por ações inovadoras em parceria com o estado.