Sempre que se faz alguma crítica ao governo de Raquel Lyra (PSDB), a resposta de quem trabalha com ela é que é preciso esperar. “A casa estava muito desarrumada e ela tem que equilibrar as contas primeiro. Depois os resultados virão”, explicou um auxiliar em conversa com este colunista.
Argumento
Apesar das respostas dadas pela gestão anterior, do PSB, de que as contas haviam ficado organizadas, a decisão do Tesouro Nacional impedindo o Estado de pegar dinheiro emprestado em 2024 acabou reforçando o argumento da atual governadora. Segundo o Tesouro, a gestão Paulo Câmara gastou R$ 370 milhões além do que devia em 2022.
Segundo melhor do BR
Outro reforço no argumento de Raquel está nos resultados da economia deste ano. Pernambuco alcançou o segundo melhor resultado em geração de empregos no mês de setembro, segundo o Caged. Foram alcançadas 18.800 novas vagas em vários setores. Pernambuco só ficou atrás de São Paulo.
Melhor do NE
Os dados do 4° bimestre para o resultado orçamentário também são muito bons. Pernambuco teve os melhores números do Nordeste: R$ 3,8 bilhões contra R$ 3,4 bilhões do segundo colocado, o Estado da Bahia. Em terceiro ficou o Piauí, com R$ 2,5 bilhões, seguido pelo Estado da Paraíba, com R$ 1,5 bilhão. O Ceará ficou em sétimo na região, com R$ 987 milhões.
Brasil bem
O resultado vem na esteira dos bons números apresentados pela Caged para o emprego no Brasil. O país chegou a uma taxa de 7,7% de desemprego. Quase 100 milhões de pessoas estão trabalhando no país, o que é uma grande vitória após a crise desencadeada pela Covid em 2020.
Todos esses números mostram o quanto a política precisa parar de interferir na economia. Porque quando não há estabilidade, a população é quem mais sofre.
Pior não é melhor
É um recado importante para quando o Legislativo, em Pernambuco, entra em atrito com o Palácio do Campo das Princesas ou quando o Congresso Nacional trava pautas importantes para o país.
Recado também para o presidente Lula, que precisa pensar melhor antes de falar ou, o que seria ótimo, colocar um fim na fritura que seus próprios auxiliares tentam criar para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
O futuro dos brasileiros depende de estabilidade. E é o futuro dos brasileiros o que importa, não o do PT.
Direto
Pedro Henrique Reynaldo, ex-presidente da OAB/PE, analisa os motivos de o Brasil não reconhecer o Hamas como grupo terrorista: “ Por razões diplomáticas, o Brasil, assim como o Conselho de Segurança da ONU, não designam o Hamas como terrorista, mas seus estatutos e práticas, desde a fundação, preconizam o aniquilamento do Estado de Israel e a expulsão dos chamados infiéis, ainda que árabes ou palestinos (não islâmicos), da terra sagrada”.
Terroristas
O ex-presidente da Ordem dos Advogados complementa, lembrando que as práticas do grupo não deixam dúvidas sobre a natureza de sua atividade. “O Hamas atacando civis inocentes, assassinando mulheres, crianças e até bebês, tem no terror seu principal meio de atuação política e religiosa”.
Em seu lugar
A reflexão de Pedro Henrique Reynaldo, principalmente no que diz respeito ao desejo do Hamas de que os “infiéis” sejam expulsos, é importante para quem ainda mistura a causa deles com a causa palestina e fica falando bobagem por aí.
Os terroristas do Hamas não estão preocupados com a criação do Estado Palestino. Eles querem implantar uma teocracia para a qual até os palestinos terão que se curvar se quiserem ficar vivos.