Jair Bolsonaro ainda paga o preço pela defesa da flexibilização das medidas de isolamento ou distanciamento social, mas alguns dos governadores que jogam para a plateia criticando o presidente, a quem chegaram a chamar de “irresponsável”, foram os primeiros a liberar o funcionamento de atividades, na tentativa de minimizar os efeitos catastróficos na economia. No Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB), que usou e abusou de oportunismo, também flexibilizou. A “cereja do bolo” na onda da flexibilização é São Paulo, cujo governador João Doria chegou a provocar bate-boca virtual com o presidente. Foi o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que até “rompeu” com o presidente “em defesa da ciência”.
O catarinense Carlos Moisés (PSL), um dos defensores mais radicais do “isolacionismo”, acabou cedendo à flexibilizando mais que outros.
Levantamento do instituto Paraná Pesquisa com 2.218 brasileiros em todo o País mostra que a grande maioria dos entrevistados (62,8%) não aproveita o período de isolamento social para praticar atividades físicas, como recomendam os especialistas. Apenas pouco mais de um terço (34,4%) dizem fazer exercício. A parcela da população mais ativa tem 60 ou mais: 41,1% juram que aproveitam a quarentena para manter a forma.
Quase 70% dos entrevistados com educação até o nível fundamental não estão se exercitando durante o isolamento.
Em média, as mulheres (35,3%) estão se exercitando mais que os homens (33,4%), segundo o Paraná Pesquisa.
O presidente Jair Bolsonaro adorou a brincadeira, que leu no site Diário do Poder, em que o governador Ibaneis Rocha afirmou que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta “pegou o vírus da mídia”. Riu muito.
Ibaneis Rocha comunicou por WhatsApp aos colegas do Fórum de Governadores que já não se sente a vontade para continuar coordenando a iniciativa, que ele articulou logo após a posse, em 2019.
Deputado das antigas, que viu Rodrigo Maia moleque, pede paciência: “O Rodrigo, que se acha um gênio da política, passou a vida voando Rio-Brasília-Rio em voos ao lado de Bolsonaro”, lembra, “aí chega 2018, ele quase não foi reeleito e ainda viu o capitão virar presidente. Inveja mata”.
"Sempre obedientes à Constituição”. Ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa) explica o papel das Forças Armadas na pandemia.
O governo de São Paulo protagonizou caso clássico de “o acerto é meu, o erro é seu”: culpou o Ministério da Saúde, que apenas soma os dados informados pelos estados, pelo número de óbitos maior que o real.
O deputado Daniel Coelho (Cidadania) foi o único pernambucano a votar contra a “ajuda emergencial” a Estados inventada por Rodrigo Maia para garantir R$ 50 bilhões a São Paulo.