Estava escrito: mais dia menos dia, o vice Hamilton Mourão, espécie de comentarista do cotidiano, seria desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro. O chefe de governo definiu como "opinião pessoal" uma declaração do vice sobre os cumprimentos devidos ao presidente eleito dos EUA.
Bolsonaro disse até que mal vê Mourão, tampouco conversa com ele, o que é verdade: os encontros entre os dois têm sido públicos, em eventos esporádicos, a juízo do Cerimonial do Palácio do Planalto. A "sapatada" serviu para demonstrar, mais uma vez, que não passa de fantasia qualquer "tutela" do generalato. Quem manda é Bolsonaro.
A cada entrevista que concede, e são diárias, Mourão se afasta mais do núcleo do poder e principalmente da chapa de reeleição, em 2022.
Bolsonaro não gosta do fato de as opiniões de Mourão darem impressão de que há uma reserva de bom senso no governo, apesar do presidente. Para o núcleo duro do poder, no Planalto, "quem fala demais dá bom dia a cavalo", ironia que se refere à maior paixão de Mourão (foto): o hipismo.
A pouco mais de um mês do recesso e de sua presidência na Câmara, Rodrigo Maia voltou a criticar o presidente. Até porque Bolsonaro tem desconversado sobre sua pretendida nomeação para o ministério.
O juiz manteve a decisão, após pedido de reconsideração do Datafolha, que pode revertê-la no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A impugnação da pesquisa foi produto de ação do candidato Celso Russomano (Republicanos), que despenca nas intenções de voto.
O clã Calheiros mostrou quem manda em Alagoas. Impediu na marra a candidatura do vice-governador Luciano Barbosa a prefeito de Arapiraca, e para não restar dúvida fez a Justiça Eleitoral retirar seu nome da urna.
Ao comentar atentado à candidata à prefeitura de São Vicente, João Dória disse que "determinou" à Polícia Civil apurar e prender o criminoso. Como se policiais civis precisassem de ordem superior para agir.
Dos pontos citados pelo juiz Marco Antonio Vargas, o mais simples ainda não foi esclarecido: a falta da assinatura de um estatístico responsável.
O Datafolha chama de "censura" a decisão do juiz que impugnou duas vezes sua pesquisa em São Paulo, com divulgação prevista para esta semana, mas, na verdade, diz a sentença, o levantamento descumpria várias exigências legais.
Importante diretor de instituto de pesquisa, que pediu para não ser citado, explicou que "erros primários" levaram à impugnação e que "desleixo não é censura". Impugnações de pesquisas são quase corriqueiras, durante as campanhas eleitorais no Brasil.
"O que aconteceu no Amapá não foi culposo, foi doloso" Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pede a demissão da diretoria da Aneel, após o apagão no Estado, que completa hoje 10 dias.