A esquerda gourmet da Av. Faria Lima está eufórica com o crescimento de Guilherme Boulos em São Paulo, mas o problema para o candidato do PSOL é o eleitorado consolidado de Bruno Covas. De pouco adianta Boulos crescer se o prefeito não cai nas intenções de voto, lembra Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas. Ao menos com 48% segundo vários institutos, Bruno Covas é quem tem a mão mais próxima da “taça”. Se cresce em flecha, Boulos chegará domingo (29) bem próximo do líder. Mas, para vencer, terá de torcer para Covas perder ao menos 4 pontos. O Ibope apurou crescimento de 2 pontos de Boulos, mas a XP/Ipespe diz ter sido 9. Um dos dois errou a ponto de sair do ramo, fechar as portas. A campanha de Boulos no 2º turno foi mais eficiente, mas o ajuda muito a rejeição dos paulistanos ao governador João Doria: 51%, diz o Ibope. A euforia ainda não fez a esquerda caviar paulistana seguir o caminho de Boulos, que trocou seu endereço chique pela periferia pobre da cidade.
O embaixador americano Todd Chapman, que estudou no Brasil quando jovem e tem publicado posts simpáticos sobre o País anfitrião, comporta-se como se estivesse em Bagdá ou Cabul. Na noite de quarta (25), ele saboreou com familiares a comida japonesa do Sushi Yama, bairro Canto da Lagoa, em Florianópolis. Mas o restaurante foi solicitado a impedir a entrada de clientes antes da chegada do figurão, protegido por seis “marines”. Aparentemente havia outros seguranças fora do restaurante. Espantou, até assustou, clientes do restaurante o esquema de segurança do embaixador que se orgulha da amizade ao presidente Bolsonaro. Após o jantar, os familiares deixaram o restaurante, mas a segurança fez Chapman esperar 7 minutos até se certificar de que não corria riscos. A coluna quis saber o que o embaixador tanto teme no Brasil. Mas não houve quem atendesse o nosso telefonema: era feriado de Thanksgiving.
Teve o “dedo” do ministro José Levi (AGU), advogado brilhante, a decisão de Bolsonaro abrindo mão de depor no inquérito de “interferência na PF”. O recado é: se há prova, que o indiciem. Mas no Planalto até as paredes estão convencidas de que o objetivo era humilhar o presidente.
A visita de ontem do chanceler Ernesto Araújo à Guiana, que faz fronteira com a Venezuela, deve ter deixado o ditador Nicolás Maduro paranoico. E com toda razão. A Guiana é parceiro estratégico do Brasil na região.
Após espalharem que o STF não vai barrar a manobra ilegal para Rodrigo Maia e Alcolumbre se reelegerem, o senador Álvaro Dias (PodePR) indagou: “Quer dizer que o Supremo vai rasgar a Constituição?”
Chega a ser covarde o novo aumento de 4% no preço dos combustíveis, imposto pela Petrobras treze dias depois do anterior. A estatal continua fazendo pouco dos brasileiros. Até a próxima greve dos caminhoneiros.
Após o casamento de jacaré com cobra d’água, que uniu DEM e PDT em Salvador, no primeiro turno, o senador Cid Gomes (PDT-CE), um ex-tucano, defende união do PDT ao PSDB. Ainda faltam PTB, PP etc.
O agronegócio brasileiro continua dando show e, apesar de todos os percalços da pandemia, a participação de produtos agropecuários nas cargas dos portos brasileiros subiu 33% em relação ao ano passado.
"Uma excelente notícia”, presidente Bolsonaro sobre a criação de quase 400 mil empregos formais em outubro.