A CPI da Pandemia convocou governadores para tentar afastar a pecha de "comissão da cloroquina", mas ignorou o escândalo da compra de 300 respiradores envolvendo três governadores do PT, além de Renan Filho (MDB-AL), filho do relator. Os respiradores custaram R$49 milhões com pagamento antecipado, mas nunca foram entregues. O caso virou alvo de tribunais de contas estaduais por "ausência de cuidado mínimo em relação à idoneidade e condição da empresa" de cumprir os contratos. O caso também enrola os petistas Camilo Santana (CE), Fátima Bezerra (RN) e Rui Costa (BA), que é coordenador do Consórcio do Nordeste. Os senadores Styvenson Valentim (Cid-RN), Eduardo Girão (Pode-CE) e Rodrigo Cunha (PSDB-AL) cobraram, sem sucesso, o calote milionário. Segundo Styvenson, o ofício também foi enviado ao Ministério da Justiça "para que criminosos sejam presos e punidos", certamente não pela CPI.
As autoridades da Saúde tratam com discrição e cautela a discussão sobre a baixa eficiência da Coronavac, atestada em estudo internacional com a participação da USP e questionada na CPI da Pandemia durante o depoimento de Dimas Covas, diretor do Butantan, que a produz. O temor é de recusa da Coronavac e corrida por outras vacinas, desorganizando o programa de imunização. Covas chegou a afirmar que a vacina não protege contra infecções, mas atenua sua gravidade. Há controvérsias. Estudo internacional com a USP, em 15.900 pessoas, concluído na sexta 21, aponta eficácia de 61% a 28% em vacinados a partir de 76 anos. Na CPI, foi citado o caso do ex-presidente José Sarney, que, semanas após a segunda dose, testes de laboratório não detectaram anticorpos. Em Curitiba, um jornalista admirado, Fabio Campana contraiu covid um mês após receber a segunda dose. Nesta sexta (28), ele foi intubado. O sambista Nelson Sargento contraiu covid três meses após a 2ª dose. Sua idade (96) favoreceu a piora do quadro e ele faleceu na quinta (27).
A lacrolândia já condenou Neymar. O ex-craque Casagrande, que virou comentarista, escreveu que jogadores "precisam ser exemplo". Teve o cuidado de não citar "ex-jogadores", excluindo-se da própria sentença.
Sindicalistas mentem às vésperas de privatização tanto quanto os políticos inescrupulosos mentem antes da eleição. Agora dizem que a desestatização da Eletrobrás vai provocar aumento na conta de luz.
Nem a vontade de criminalizar Bolsonaro foi capaz de superar a tradição do ócio no Congresso. Bastou um feriado na quinta-feira para a CPI da Pandemia paralisar os depoimentos por mais de uma semana.
Bancos refazem prognósticos de crescimento do PIB para 5%"
Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) sobre uma das boas notícias da semana
Enquanto o lobby das distribuidoras de energia mostra força em Brasília, na cruzada para liquidar a energia solar, a pornográfica tentativa de taxar o Sol continua gerando protestos Brasil afora contra essa corja.
Contra privatizar os Correios, o deputado José Ricardo (PT-AM) disse que não há "garantia nenhuma" de investimentos no setor, e encarnou Dilma: "Nada amarra, não tem como amarrar também".
Empresas de telemarketing faturam alto com a picaretagem de disparar ligações que caem tão logo são atendidas. Incomodam as pessoas, cujos telefones não param de tocar, e engordam relatórios de "ligações feitas" e o valor da cobrança dos seus clientes otários (lojas online, teles etc).